Ciao!
Depois de um incrível post sobre Nuttela (não precisam de me agradecer, Mariana Sousa, prazer, ao vosso dispor para fornecer pérolas de cultura), vou voltar a descrever resumidamente o que se tem passado aqui pela cidade eterna!
Ontem fomos visitar o museu da Civilização Romana. Uma actividade cultural, organizada pelo Erasmus Students Network de Roma, sob o slogan “o ESN não organiza só festas!” Pois sim. Bem, mas estar nesse museu é como estar dentro de um livro do Asterix, dá-me uma grande vontade de viver em Roma A.C. Tirei uma foto com uma estátua do César! Parecemos grandes amigos. Hei de a publicar aqui, quando tiver paciência para a passar para o computador.
Bem, chegámos uma hora atrasadas, mas ninguém se pareceu importar com isso. E depois de várias horas a visitar o museu, almoçamos no Mac Donald’s. Informação importante: o cheesburguer voltou à Europoupança, custa um euro outra vez como em Portugal.
À noite preparámos a festa surpresa do João, que não foi surpresa nenhuma porque ele já sabia que ia acontecer. Tinha visto o evento no facebook (e juro, juro que isto é verdade). Conhecemos vários estudantes estrangeiros, e alguns portugueses. Cantou-se os parabéns em português, turco, italiano, inglês e francês. Uma panóplia de culturas, já se vê.
Só que juntaram-se à festa três italianos que nós não conhecíamos de lado nenhum. Supostamente eram amigos de uma alemã, nossa vizinha, mas a verdade é que pareciam não conhecer ninguém, nem o próprio aniversariante, e andavam sempre a rondar os apartamentos. Por isso, nós decidimos, pela primeira vez, fechar as portas e as janelas de nossa casa, com medo que eles tentassem roubar os computadores, o que nunca tínhamos feito por causa do calor.
Mas como somos extremamente responsáveis, deixámos as chaves dentro de casa, e trancamo-nos por fora. Cada uma de nós tem uma chave, ou seja, há quatro chaves para o apartamento. E todas, eu, a Ana, a Inês, a Raquel, todas nós nos esquecemos. Sim, isto é verídico. E como já era meia noite, não queríamos acordar o senhorio para pedir a chave suplente. Por isso, sem carteiras, dinheiro, telemóveis nem roupa, acabámos por dormir em casa do João, no chão, enquanto eles foram sair.
Hoje, Domingo, de manhã, o senhorio também não estava em casa. E tinham dormido seis pessoas num quarto, nós as quatro no chão, apertadas, transpiradas, enfim, mal-cheirosas, quase repugnantes, sem lavarmos os dentes nem tomarmos banho. De facto, o irmão do senhorio só chegou a meio da tarde e nós, cheias de calor e com as roupas todas sujas, já estávamos a desesperar para podermos entrar em casa e tomar banho.
Foi por estarmos neste estado que aconteceu o episódio da chuva. Foi tão simples quanto isto: estava imenso calor, já quase não podíamos com o nosso próprio cheiro e, de repente, começou a chover torrencialmente, qual tempestade tropical. E corremos para o jardim e ficamos encharcadas, e foi mesmo, mesmo bom.
Quando, finalmente, o irmão do senhorio chegou, abriu-nos as portas, acabámos de jogar um jogo com os vizinhos e pudemos finalmente tomar banho e desfrutar da nossa pequena casa.
Entretanto já se tinha passado um dia inteiro.
E hoje o jantar, cozinhado pela Inês, é arroz de frango.
Ah, e eu estou em Roma, e o Papa, ao que parece, está de visita à Inglaterra.
Arrivederci!
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