domingo, 19 de setembro de 2010

Civilità romana

Ciao!

Depois de um incrível post sobre Nuttela (não precisam de me agradecer, Mariana Sousa, prazer, ao vosso dispor para fornecer pérolas de cultura), vou voltar a descrever resumidamente o que se tem passado aqui pela cidade eterna!

Ontem fomos visitar o museu da Civilização Romana. Uma actividade cultural, organizada pelo Erasmus Students Network de Roma, sob o slogan “o ESN não organiza só festas!” Pois sim. Bem, mas estar nesse museu é como estar dentro de um livro do Asterix, dá-me uma grande vontade de viver em Roma A.C. Tirei uma foto com uma estátua do César! Parecemos grandes amigos. Hei de a publicar aqui, quando tiver paciência para a passar para o computador.

Bem, chegámos uma hora atrasadas, mas ninguém se pareceu importar com isso. E depois de várias horas a visitar o museu, almoçamos no Mac Donald’s. Informação importante: o cheesburguer voltou à Europoupança, custa um euro outra vez como em Portugal.

À noite preparámos a festa surpresa do João, que não foi surpresa nenhuma porque ele já sabia que ia acontecer. Tinha visto o evento no facebook (e juro, juro que isto é verdade). Conhecemos vários estudantes estrangeiros, e alguns portugueses. Cantou-se os parabéns em português, turco, italiano, inglês e francês. Uma panóplia de culturas, já se vê.

Só que juntaram-se à festa três italianos que nós não conhecíamos de lado nenhum. Supostamente eram amigos de uma alemã, nossa vizinha, mas a verdade é que pareciam não conhecer ninguém, nem o próprio aniversariante, e andavam sempre a rondar os apartamentos. Por isso, nós decidimos, pela primeira vez, fechar as portas e as janelas de nossa casa, com medo que eles tentassem roubar os computadores, o que nunca tínhamos feito por causa do calor.

Mas como somos extremamente responsáveis, deixámos as chaves dentro de casa, e trancamo-nos por fora. Cada uma de nós tem uma chave, ou seja, há quatro chaves para o apartamento. E todas, eu, a Ana, a Inês, a Raquel, todas nós nos esquecemos. Sim, isto é verídico. E como já era meia noite, não queríamos acordar o senhorio para pedir a chave suplente. Por isso, sem carteiras, dinheiro, telemóveis nem roupa, acabámos por dormir em casa do João, no chão, enquanto eles foram sair.

Hoje, Domingo, de manhã, o senhorio também não estava em casa. E tinham dormido seis pessoas num quarto, nós as quatro no chão, apertadas, transpiradas, enfim, mal-cheirosas, quase repugnantes, sem lavarmos os dentes nem tomarmos banho. De facto, o irmão do senhorio só chegou a meio da tarde e nós, cheias de calor e com as roupas todas sujas, já estávamos a desesperar para podermos entrar em casa e tomar banho.

Foi por estarmos neste estado que aconteceu o episódio da chuva. Foi tão simples quanto isto: estava imenso calor, já quase não podíamos com o nosso próprio cheiro e, de repente, começou a chover torrencialmente, qual tempestade tropical. E corremos para o jardim e ficamos encharcadas, e foi mesmo, mesmo bom.

Quando, finalmente, o irmão do senhorio chegou, abriu-nos as portas, acabámos de jogar um jogo com os vizinhos e pudemos finalmente tomar banho e desfrutar da nossa pequena casa.

Entretanto já se tinha passado um dia inteiro.

E hoje o jantar, cozinhado pela Inês, é arroz de frango.

Ah, e eu estou em Roma, e o Papa, ao que parece, está de visita à Inglaterra.

Arrivederci!

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