sábado, 18 de dezembro de 2010

Arrivederci*

Ciao!

Amanhã voo para Portugal. Voo mesmo, não com as minhas asas mas com a ajuda das do avião. É por isso que hoje as minhas estão murchas.

É uma sensação estranha. A vontade intensa de regressar à cidade invicta, à minha família e aos amigos de sempre e para sempre, a quem me quer bem. Mas, ao mesmo tempo, este medo de que tudo esteja diferente, ou então que tudo esteja igual, assustadoramente igual, e quem tenha mudado seja eu.

Eu já disse muitas vezes que para mim Roma não está à escala do Real. E a Raquel diz-nos muitas vezes que sim, que é real, que eu vivi mesmo todas estas experiências e todos os momentos passados na cidade eterna, desde o dia 3 de Setembro. Mas, lá no fundo, se calhar continuamos todas a acreditar que adormecemos, numa tarde de calor, na Praça de S.Pietro, no Vaticano, e a partir daí o tempo parou e tudo o que se lhe seguiu foi, e está a ser, um sonho.

Hoje não vou falar das festas a que fui, nem das pessoas que conheci ou dos lugares que visitei. Vou deixar-me estar quietinha em casa mais uma hora, porque amanhã a casa será diferente. A culpa foi da Vanessa, que se enganou e pôs o despertador uma hora mais cedo do que era suposto, e, portanto, eu acordei às 8 e dormi menos do que tinha planeado.

É engraçado pensar que, a partir de Terça-feira, vou acordar sempre uma hora mais tarde, durante 10 dias.

Arrivederci!

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